PPGE divulga comunicado sobre cortes no orçamento da pós-graduação

19/08/2015 10:49

O Programa de Pós-graduação em Educação divulgou em seu site um comunicado sobre a situação atual devido aos cortes orçamentários na educação pública, que atingem também a pós-graduação.

Abaixo, reproduzimos o comunicado (disponível em http://ppge.ufsc.br/2015/07/22/informes-sobre-cortes-orcamentarios-da-capes/):

Informes sobre cortes orçamentários da CAPES

Sobre o início do semestre letivo no PPGE:

O PPGE sofreu corte de 75% dos recursos previstos para este ano no PROAP. Os impactos dessa medida já estão sendo sentidos nas dificuldades de agendamento de defesas e afetarão as atividades de pesquisa, intercâmbios, projetos integrados e a curto e médio prazo, na produção científica do Programa.

Há uma greve nacional de docentes, de TAEs. Várias universidades estão discutindo a inviabilidade de se começar o segundo semestre nestas condições. Na UFSC a situação é mais grave, pois as bibliotecas, o restaurante universitário e algumas secretarias estão fechadas.

Diante deste quadro, os professores, abaixo relacionados, entendem que não há condições adequadas para se começar o segundo semestre. Por essa razão, estes professores informam que não iniciarão as aulas no PPGE como previsto no calendário normal por considerarem que as dificuldades enfrentadas com os cortes evidenciam que a situação não é de normalidade. Os demais professores não informaram sobre mudanças na programação de suas disciplinas.

Profª  Adriana D’Agostini

Profª Célia Regina Vendramini

Profª Eneida Oto Shiroma

Profª Olinda Evangelista

Profª Rosalba Maria Cardoso Garcia

Profª Soraya Franzoni Conde

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Protesto das associações contra o corte de 75% dos recursos para a Pós-Graduação

Os Programas de Pós-Graduação da UFSC foram surpreendidos pelo Ofício Circular nº 13/2015-CDS/CGSI/DPB/CAPES informando sobre o corte de 75% dos recursos previstos para o PROAP/UFSC.

Os cortes comprometem o desenvolvimento das atividades de pesquisa da pós-graduação e refletir-se-ão, a curto e médio prazo, na produção científica dos Programas. Impactam especialmente em passagens e diárias para bancas de defesa, participação de docentes e discentes em eventos científicos, visitas internacionais à UFSC, apoio a publicações, entre outros. Impactam igualmente na sociedade considerando os inúmeros grupos sociais com os quais temos projetos em andamento e que, certamente, sentirão a descontinuidade ou o “encolhimento” das ações de pesquisa já que grande parte delas se realizam e dialogam com as escolas e suas práticas pedagógicas.

A PROPG tem proposto medidas paliativas, emergenciais, aos Programas da UFSC visando minimizar o impacto dos cortes. Claro está que 2015 será um ano atípico e muitas das atividades planejadas por docentes e discentes serão prejudicadas ou inviabilizadas.

A indicação de que as Bancas de Mestrado e Doutorado na UFSC possam efetivar-se por meio de sistemas de interação vídeo e áudio em tempo real é mais um risco, uma vez que nem todos os espaços institucionais contam com a infraestrutura necessária para tal demanda, tanto técnica como de pessoal para esse fim que não estão preparados para atender simultaneamente as demandas dos vários Programas da UFSC. Somente do PPGE estão previstas mais de 50 bancas para o segundo semestre que, caso os cortes não sejam revistos, deixarão de ocorrer presencialmente demandando uma eficiência permanente dos espaços que dispõem de equipamentos para videoconferência e suas dinâmicas operacionais visando garantir a qualidade do processo de avaliação.

Salientamos que embora a opção de participação de bancas a distância possa ainda ser viabilizada tecnicamente na UFSC outras perdas advirão desta medida. A experiência pedagógica viabilizada por meio das Bancas não beneficia apenas o aluno em fase de conclusão de uma trajetória acadêmica, qualifica um grupo de pesquisa, beneficia também alunos interessados na temática, uma vez que os Professores convidados realizam atividades paralelas como palestras, co-orientações em projetos e atividades formativas de toda ordem.

A Anped e várias associações científicas enviaram manifestações repudiando os cortes na educação pública e solicitando às autoridades a revisão da medida (cf. manifestações abaixo).

Em agosto, a Lei Orçamentária Anual para 2016, será encaminhada ao Congresso. Vivemos, portanto, um momento crucial para resistir, unir forças para pressionar pela revisão dos cortes na pós-graduação e garantir que a educação pública não seja negligenciada no orçamento do próximo ano.

O PPGE/UFSC repudia os cortes feitos à pós-graduação e à educação pública e se soma aos que se manifestam contrários às precarizações das condições de ensino e pesquisa.

Manifesto da ANPEd sobre cortes de recursos para pós-graduação

Carta da 67a SBPC à Presidência da República

Nota pública do Fórum de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas sobre o atraso e a redução dos recursos aos Programas de Pós-Graduação brasileiros.

Carta da ANPOF enviada à CAPES sobre recursos da Pós-Graduação

A Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS) se manifesta sobre as restrições orçamentárias para a pós-graduação.

A Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) se manifesta em relação aos cortes orçamentários para a educação superior.

Carta aberta da área de Antropologia/Arqueologia da CAPES em defesa da Pós-Graduação no Brasil.

Carta da ANPOF enviada à CAPES sobre recursos da Pós-Graduação

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Seguem informações sobre os cortes orçamentários da CAPES.

Memorando Circular nº 21/2015/PROPG

Nota Pública FOPROP

Ofício FOPROP AO MINISTRO DA EDUCAÇÃO

Ofício SBPC – Cortes